
Petrobras detalha investimentos no RJ que anuncia com Lula
Aportes de R$ 33 bi em refino e petroquímica que serão anunciados pelo presidente na Reduc virão da Petrobras (R$ 29 bi) e da Braskem (R$ 4 bi). Testes para produtos com mais conteúdo renovável estão contemplados
A Petrobras confirmou nesta quinta (3) investimentos da ordem de R$ 33 bilhões em projetos de refino e petroquímica no Rio de Janeiro, dos quais R$ 29 bilhões estão previstos no Capex da Petrobras e R$ 4 bilhões da Braskem, conforme antecipou a Brasil Energia. A implementação dos projetos de integração do Complexo de Energias Boaventura com a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) contará com R$ 26 bilhões. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai comparecer à cerimônia de anúncio.
Os valores incluem a expansão da produção de diesel S-10 em 76 mil barris por dia (bpd); aumento da capacidade de produção de querosene de aviação (QAV) em 20 mil bpd e de lubrificantes em 12 mil bpd. Também estão contempladas uma planta dedicada de BioQAV no Complexo Boaventura, com capacidade de produção de 19 mil bpd de combustíveis renováveis (HVO e SAF); e duas termelétricas a gás, no Complexo Boaventura, para participação nos leilões de reserva de capacidade. Os investimentos também preveem ampliação de capacidade da Reduc, em 110 mil barris diários.
“Tudo isso faz parte do mesmo projeto que é explorar, produzir, refinar e disponibilizar todo esse derivado para a sociedade brasileira a preços acessíveis. Esse megaprojeto está aumentando a capacidade de uma refinaria no Rio, garantindo mais tributos para o RJ e a efetividade da nossa Braskem, que nada mais é que a 6ª maior petroquímica do mundo, e mais gás a preços acessíveis”, afirmou a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
O diretor de Produtos Industriais da Petrobras, William França, destacou a realização de testes ainda neste mês de julho para a produção de diesel R10, com 10% de biodiesel.
A Reduc concluiu com sucesso o teste de produção do primeiro combustível de aviação com conteúdo renovável (SAF) por coprocessamento, alcançando até 1,2% de óleo de milho na fabricação do QAV. A produção comercial na Reduc terá início nos próximos meses, com capacidade de até 50 mil m³/mês (10 mil bpd). A refinaria já produz Diesel R5, com 5% de conteúdo renovável, e recebeu a autorização da ANP para iniciar os testes com o novo teor de 7% para produção do Diesel R7.
“Estamos falando da criação de 38 mil postos de trabalho no RJ, estamos nesta fase a pleno emprego. Para terem uma ideia já estão faltando eletricistas, caldeireiros, soldadores, arsenal de pessoal que utilizamos e mobilizamos para nossas operações e em função disso já temos parceria com a Firjan para treinamento desse pessoal turmas já sendo treinadas”, disse Magda. Segundo ela a companhia vai treinar 3,2 mil pessoas oriundas do programa autonomia e renda.
A Petrobras prevê ainda a construção de uma nova central termoelétrica na Reduc, substituindo equipamentos com um investimento previsto de R$ 860 milhões.
Também estão planejados investimentos de até R$ 2,4 bilhões em paradas de manutenção da Reduc no período de 2025 a 2029, para garantir a integridade, a confiabilidade e a segurança das instalações. Em 2026, serão realizadas importantes paradas nas unidades de coqueamento retardado e de hidrotratamento da refinaria.
Na área da petroquímica, está em estudo a oportunidade de produção de ácido acético e monoetilenoglicol (MEG) no Complexo Boaventura. O ácido acético é um importante insumo para produção de tintas, PET e para indústria química em geral.
Fonte: https://pcfa.com.br/