“O pré-sal é único, mas dá para esperar coisa boa na Margem Equatorial”, diz Chambriard

“O pré-sal é único, mas dá para esperar coisa boa na Margem Equatorial”, diz Chambriard

Em entrevista à Brasil Energia, a presidente da Petrobras contou que já deu entrada no pedido de licenciamento ao Ibama para perfurar mais sete poços na Bacia da Foz do Amazonas. Ela disse também pensar em sair do onshore e vender gás de Santos à Braskem, na Bahia, via duto

A celeridade é a marca do seu primeiro ano de gestão, segundo Magda Chambriard, à frente da Petrobras desde 19 de junho de 2024. Mas “a caneta não resolve tudo”, disse ela em entrevista à Brasil Energia.

A venda do gás do pré-sal para a Braskem pode acontecer, mas vai depender da negociação com um novo sócio na petroquímica, ainda indefinido. A saída do onshore na Bahia é uma possibilidade, porém em estudo. E muitos projetos de transição energética ainda dependem da maturação da pesquisa e do desenvolvimento para sair do papel.

“Temos que tomar muito cuidado com a nossa ansiedade. O mais rápido possível, algumas vezes, não é o mais eficaz possível, o mais rentável possível e benéfico para a sociedade como um todo”, afirmou Chambriard.

Além de priorizar pela maximização dos resultados, a executiva aposta na persistência. Tem sido assim no processo de licenciamento da Margem Equatorial, que, em sua opinião, sempre foi uma possibilidade.

A presidente da Petrobras é otimista. Mas já vem alertando que a perfuração do tão almejado primeiro poço pode resultar em frustração. Por isso, a Petrobras deu entrada no licenciamento ambiental para perfurar outros sete poços na Bacia da Foz do Amazonas. Os relatórios de cada um deles já foram entregues ao Ibama.

Ainda que tudo caminhe conforme o esperado no Brasil, a petrolífera não está disposta a abandonar os planos de ampliar sua presença em regiões de novas fronteiras também no exterior. Na Costa do Marfim, negocia condições de contrato. A empresa apresentou declaração de interesse por áreas ao governo do país no início deste mês. Na Índia, ela, atualmente, avalia blocos de rodada passada e outros de um leilão que está por vir.

“Achamos que a Índia fez o trabalho de casa correto. O país tem cerca de 6 milhões de capacidade instalada de refino e produz cerca de 800 mil barris por dia de petróleo. Esse é o tamanho da sua necessidade de importação. Estamos exportando para a Índia e indo lá para ajudá-los a produzir, de olho no mercado consumidor”, destacou Chambriard.

Fonte: Brasil Energia por https://pcfa.com.br/

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