Frota de apoio marítimo encerra semestre com 462 embarcações

Frota de apoio marítimo encerra semestre com 462 embarcações

Em relação ao mesmo período de 2024, foram incorporadas 17 unidades. Embarcações de bandeira brasileira representam 84% do total, segundo relatório Syndarma/Abeam

A frota de apoio marítimo em águas jurisdicionais brasileiras (AJB) totalizou 462 embarcações em junho, fechando o primeiro semestre com duas embarcações a menos do que em maio (464) e 17 unidades a mais do que ao final dos seis primeiros meses de 2024. De acordo com o relatório mais recente da Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam) e do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), 386 correspondiam a unidades de bandeira brasileira e 76 de bandeira estrangeira, na posição de junho de 2025. No mesmo mês do ano passado, a frota era composta por 379 embarcações de bandeira nacional e 66 estrangeiras.

Em relação a dezembro de 2015, quando a demanda começou a ser impactada pela retração no setor de petróleo e gás, foram desmobilizadas 210 embarcações de bandeira estrangeira e acrescentadas 117 de bandeira brasileira. Cerca de 93 embarcações, originalmente de bandeira estrangeira, tiveram suas bandeiras trocadas para o pavilhão nacional nesse período.

As embarcações com bandeira nacional representam 84% da frota de apoio offshore, enquanto 16% correspondem a embarcações de apoio com bandeiras estrangeiras. Nos meses anteriores, os percentuais de participação da bandeira nacional na atividade oscilaram de 83% em janeiro e fevereiro, passando a 84% em março e voltando para 83% em abril e em maio.

Em maio, o levantamento Syndarma/Abeam havia identificado 464 embarcações, das quais 385 de bandeira brasileira e 79 de bandeiras estrangeiras. Em abril, havia 384 de bandeira brasileira e 79 de bandeira estrangeira. Em março, o levantamento Syndarma/Abeam havia identificado 459 embarcações, das quais 386 de bandeira brasileira e 73 de bandeiras estrangeiras. Em janeiro e em fevereiro, também eram 459 embarcações, das quais 382 de bandeira brasileira e 77 de bandeiras estrangeiras.

De acordo com a publicação, a frota em junho era composta por 46% de PSVs (transporte de suprimentos) e OSRVs (combate a derramamento de óleo), totalizando 214 barcos, dois a menos do que em maio. Outros 14% eram LHs (manuseio de linhas e amarrações) e SVs (mini supridores), que correspondem a 63 barcos. Os AHTS (manuseio de âncoras) somaram 64 unidades no período (14%), enquanto 26 barcos de apoio eram FSVs (supridores de cargas rápidas) e crew boats (transporte de tripulantes), 24 MPSVs (multipropósito), 19 RSVs (embarcações equipadas com robôs) e 17 PLSVs (lançamento de linhas).

A Bram Offshore/Alfanave, do grupo norte-americano Edison Chouest, permanece como a empresa de navegação com mais embarcações em operação, ou aguardando contratação, com 76 unidades (12 estrangeiras), seguida pela CBO, que opera 45 barcos de apoio de bandeira brasileira. A Tranship e a Wilson Sons Ultratug aparecem na sequência, respectivamente, com 26 e 24 barcos de pavilhão nacional. A Starnav, com 23 embarcações de bandeira brasileira, vêm logo em seguida. Segundo o relatório, a DOF/Norskan (17 de bandeira brasileira e 5 estrangeiras) aparece com 22 barcos de apoio e a OceanPact com 21 unidades de bandeira brasileira.

A frota da Bram/Alfanave, segundo o relatório, conta com 54 PSVs/OSRVs, 12 AHTS, 2 RSVs, 4 WSV(estimulação de poços) e 3 MPSVs (multi-função), entre outras embarcações. A CBO é a empresa de apoio offshore que, em junho, tinha mais AHTS: 13 embarcações desse tipo, além de 27 PSV/OSRVs e 5 RSVs. A Tranship permanece como a empresa com mais embarcações LH/SV: 22 unidades, seguida pela Camorim, que tem 15 unidades com essas especificações.

Nem todas as unidades listadas na publicação estão em operação, pois o relatório inclui embarcações que podem ou não estar amparadas por contratos, estar no mercado spot, em manutenção ou fora de operação. O relatório não considera embarcações dos tipos lanchas, pesquisa, nem embarcações com porte inferior a 100 TPB ou BHP inferior a 1.000. Os dados foram obtidos junto à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), à Diretoria de Portos e Costas da Marinha (DPC), publicações especializadas e informações das empresas.

Fonte: Portos e Navios por https://pcfa.com.br/

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