APS espera iniciar derrocagem de 35 pedras, primeira das 3 etapas para dragagem de aprofundamento previstas. Outro edital, a ser lançado em julho, estabelecerá que empresa vencedora cuide da manutenção do calado em 16m por até 2 anos, até a concessão do canal pelo período de 30 anos

A Autoridade Portuária de Santos (APS) prevê que o canal de acesso deverá estar aprofundado para 17 metros após 2027. A expectativa é que, em julho, seja publicado o edital para o aprofundamento do canal, de 15m para 16m, no qual a empresa vencedora da concorrência deverá realizar a manutenção até que a APS conceda o serviço pelo período de 30 anos. A futura concessionária será responsável pelo aprofundamento dos 16m para 17m, mantendo este patamar pelo período contratual.

O presidente da APS, Anderson Pomini, disse que a primeira das três etapas da dragagem do complexo portuário está na fase de habilitação, com expectativa de que a derrocagem seja iniciada em julho próximo. O processo compreende a retirada de aproximadamente 35 pedras que atrapalham o tráfego de navios, permitindo o aprofundamento de 15m para 16m e, posteriormente, de 16m para 17m.

O edital previsto para ser publicado no mês que vem prevê um contrato de R$ 324 milhões, que poderá chegar a um montante entre R$ 700 milhões e R$ 800 milhões por ser firmado no modelo de empreitada. A administração do porto vai impor ao contratante que aprofunde o canal, de 15m para 16m, e faça a manutenção até que se efetive a concessão. “Ele [vencedor] poderá cuidar da manutenção deste calado, que será de 16m por um ano e meio a 2 anos, já que pretendemos efetivar a concessão já no próximo ano (2026)”, explicou Pomini.

Ele acrescentou que as dragagens de aprofundamento dos berços 12A ao 21 já foram entregues, o que atende principalmente a movimentação na área da Cofco. “Todos os serviços que exigem previsibilidade serão entregues ao mercado para que nosso arrendatário tenha segurança na prestação do principal serviço do porto. A manutenção do canal, que deverá estar aprofundado para 16m até o segundo semestre de 2026”, garantiu Pomini, que participou da reunião híbrida do Comitê de Usuários dos Portos e Aeroportos da Associação Comercial do Estado de São Paulo (Comus/ACSP).