A bp devolveu integralmente o bloco Pau Brasil, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, segundo informações enviadas pela companhia à ANP. O poço pioneiro perfurado no bloco, 1-BP-12D-RJS, foi classificado como seco, sendo água o principal fluido identificado.

“A interpretação dos dados sísmicos, na área do bloco, indica a inexistência de barreiras estruturais e/ou sedimentológicas na estrutura de Pau Brasil, impossibilitando a existência de fluido diferente do constatado”, descreve a bp no Programa de Descomissionamento de Instalações conceitual (PDI conceitual), enviado à agência reguladora.

Assim, sem identificar outros prospectos na área, o consórcio do bloco – formado por bp, como operadora (50%), em parceria com a CNOOC (30%), Ecopetrol (20%) e a PPSA, como gestora do contrato – decidiu não prosseguir com as atividades exploratórias e optou pelo encerramento das atividades e devolução voluntária integral de Pau Brasil.

O poço 1-BP-12D-RJS foi perfurado pela bp entre 13 de junho e 8 de agosto de 2024, pela sonda Valaris DS-15 (Valaris Renaissance), em lâmina d’água de 2,769 mil m. No final de agosto, a companhia anunciou que encontrou indícios de petróleo no poço.

No entanto, devido ao resultado insatisfatório do poço, ele foi abandonado permanentemente, conforme regulação vigente. A licença de operação, emitida pelo Ibama em junho de 2024, ainda previa a possibilidade de perfuração de dois poços adicionais, além da perfuração de um poço exploratório firme, a partir da sonda DS-15.

A ANP agora analisa a possibilidade de inclusão do bloco Pau Brasil na Oferta Permanente.

A área foi adquirida na 5ª Rodada de Partilha de Produção da ANP, realizada em 2018, e possuía vencimento da fase exploratória previsto para 17 de dezembro de 2025. O bloco estava localizado no setor SS-AUP2 da Bacia de Santos, a aproximadamente 300 km da costa do estado do Rio de Janeiro, e cobrindo uma área total de 1.183,68 km².

Com a devolução do bloco Pau Brasil, a bp, agora, opera somente duas áreas no pré-sal: Bumerangue e Tupinambá, ambas na Bacia de Santos. Como concessionária, possui participação de 50% em Alto de Cabo Frio Central e de 30% no bloco C-M-477, ambos na Bacia de Campos. A companhia também possui uma parcela não operada de 40% nos blocos BAR-M-175 e BM-BAR-3, localizados na Bacia de Barreirinhas e atualmente suspensos.