
Apoio marítimo fechou agosto com 84% da frota com bandeira brasileira
A frota de apoio marítimo em águas jurisdicionais brasileiras (AJB) totalizou 461 embarcações em agosto, com duas embarcações a menos do que em julho (463) e 17 unidades a mais do que em agosto de 2024. De acordo com o relatório mais recente da Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam) e do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), 387 correspondiam a unidades de bandeira brasileira e 74 de bandeira estrangeira, na posição de agosto de 2025. No mesmo mês do ano passado, a frota era composta por 378 embarcações de bandeira nacional e 66 estrangeiras.
Em relação a dezembro de 2015, quando a demanda começou a ser impactada pela retração no setor de petróleo e gás, foram desmobilizadas 213 embarcações de bandeira estrangeira e acrescentadas 117 de bandeira brasileira. Cerca de 95 embarcações, originalmente de bandeira estrangeira, tiveram suas bandeiras trocadas para o pavilhão nacional nesse período.
Em agosto, as embarcações com bandeira nacional representam 84% da frota de apoio offshore, enquanto 16% correspondem a embarcações de apoio com bandeiras estrangeiras. Nos meses anteriores, os percentuais de participação da bandeira nacional na atividade oscilaram entre 83% e 84%. Em julho, o levantamento Syndarma/Abeam havia identificado 463 embarcações, das quais 386 de bandeira brasileira e 77 de bandeiras estrangeiras.
Em junho, foram 385 de bandeira brasileira e 79 de bandeiras estrangeiras. Em maio, havia 385 de bandeira brasileira e 79 de bandeiras estrangeiras, totalizando 464 unidades. Em abril, havia 386 de bandeira brasileira e 76 de bandeira estrangeira. Em março, o levantamento Syndarma/Abeam havia identificado 459 embarcações, das quais 386 de bandeira brasileira e 73 de bandeiras estrangeiras. Em janeiro e em fevereiro, também eram 459 embarcações, das quais 382 de bandeira brasileira e 77 de bandeiras estrangeiras.
De acordo com a publicação, a frota em agosto era composta por 45% de PSVs (transporte de suprimentos) e OSRVs (combate a derramamento de óleo), totalizando 206 barcos. Outros 14% eram LHs (manuseio de linhas e amarrações) e SVs (mini supridores), que correspondem a 63 barcos. Os AHTS (manuseio de âncoras) somaram 62 unidades no período (14%), enquanto 25 barcos de apoio eram FSVs (supridores de cargas rápidas) e crew boats (transporte de tripulantes), 34 RSVs (embarcações equipadas com robôs), 25 MPSVs (multipropósito) e 20 PLSVs (lançamento de linhas).
O Syndarma/Abeam esclareceu que, nesta edição, o relatório promoveu reclassificações do tipo de algumas embarcações em virtude da incorporação de equipamentos que ensejaram alteração da atividade principal desenvolvida pela embarcação, ou por novos agrupamentos por tipos de embarcação. “Estas reclassificações e agrupamentos não resultaram na adição ou subtração de embarcações, portanto sem impacto no total de embarcações em relação ao relatório anterior”, ressaltou a entidade.
A Bram Offshore/Alfanave, do grupo norte-americano Edison Chouest, permanece como a empresa de navegação com mais embarcações em operação, ou aguardando contratação, com 77 unidades (12 estrangeiras), seguida pela CBO, que opera 45 barcos de apoio de bandeira brasileira. A Tranship e a Starnav aparecem na sequência, respectivamente, com 26 e 25 barcos de pavilhão nacional. A Wilson Sons Ultratug (WSUT), com 23 embarcações de bandeira brasileira, vêm logo em seguida. Segundo o relatório, a DOF/Norskan (17 de bandeira brasileira e 5 estrangeiras) aparece com 22 barcos de apoio e a OceanPact com 19 unidades de bandeira brasileira.
Após as reclassificações, a frota da Bram/Alfanave, segundo o relatório, agora conta com 49 PSVs/OSRVs, 11 AHTS, 9 RSVs, 4 WSV(estimulação de poços) e 3 CSV/MPSVs (multi-função), entre outras embarcações. A CBO é a empresa de apoio offshore que, em agosto, tinha mais AHTS: 13 embarcações desse tipo, além de 27 PSV/OSRVs e 5 RSVs. A Tranship permanece como a empresa com mais embarcações LH/SV: 23 unidades, seguida pela Camorim, que tem 15 unidades com essas especificações.
Nem todas as unidades listadas na publicação estão em operação, pois o relatório inclui embarcações que podem ou não estar amparadas por contratos, estar no mercado spot, em manutenção ou fora de operação. O relatório não considera embarcações dos tipos lanchas, pesquisa, nem embarcações com porte inferior a 100 TPB ou BHP inferior a 1.000. Os dados foram obtidos junto à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), à Diretoria de Portos e Costas da Marinha (DPC), publicações especializadas e informações das empresas.
Fonte: Portos e Navios por https://pcfa.com.br/