Seis operadoras disputam utilização de áreas do Saboó, em Santos

Seis operadoras disputam utilização de áreas do Saboó, em Santos

Seis operadoras portuárias disputam a exploração temporária das três áreas do Cais do Saboó, na Margem Direita do Porto de Santos, disponibilizadas pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a autoridade portuária, em setembro passado.

A identidade dessas empresas foi revelada pela Docas na segunda-feira (11). São elas: Termares, Brasil Terminal Portuário (BTP, que conta com um terminal arrendado ao lado do Cais do Saboó), Santos Brasil (arrendatária do Terminal de Contêineres, o Tecon, e do Terminal de Exportação de Veículos, o TEV, ambos em Guarujá), Portonave, SE7Port e Reliance.

Essas operadoras apresentaram ofertas para explorar as áreas – consideradas nobres, mas que estão sem uso desde que foram devolvidas por seus antigos arrendatários, o Terminal Marítimo do Valongo e a Rodrimar. Os terrenos, que ficam um ao lado do outro, poderão ser utilizados pelas empresas escolhidas enquanto os processos licitatórios para novos arrendamentos não são concluídos pela Docas, ou pelo prazo máximo de 180 dias – o que ocorrer primeiro.

Segundo a autoridade portuária, a Área 1, com 19 mil metros quadrados, é disputada pela Santos Brasil (que ofereceu uma remuneração mensal mínima de R$ 107,45 mil), pela BTP (com R$ 106.389), pela SE7Port (R$ 105.170), pela Portonave (R$ 104.776) e pela Termares (R$ 103.920).

A Área 2, que ocupa 42 mil metros quadrados, teve ofertas da Santos Brasil (R$ 247,4 mil como remuneração mensal mínima), da BTP (R$ 235.145), da Portonave (R$ 231.580), da Termares (R$ 229.620) e da SE7Port (R$ 24.040).

Já a Área 3, com cerca de 21 mil metros quadrados, tem como interessadas BTP (R$ 117.546), Portonave (R$ 115.764), SE7Port (R$ 115.530), Reliance (R$ 115 mil) e Termares (R$ 114.869).

A Codesp informou que, de acordo com o edital da concorrência, as operadoras poderão apresentar uma única oferta final na quarta-feira (13), das 12h às 16h. As propostas serão avaliadas pela Docas considerando critérios de exequibilidade, aderência da estrutura financeira aos parâmetros de mercado para a carga a ser movimentada, valor ofertado (soma do arrendamento fixo e do variável) e potencial de receitas tarifárias ao Porto. A melhor classificada será convocada para apresentar os documentos para qualificação em cinco dias úteis.

Conforme a companhia, a ideia de explorar as áreas de forma transitória busca evitar “potenciais prejuízos econômicos, financeiros e sociais em razão da descontinuidade da prestação dos serviços portuários”. Esta é a primeira vez que a Docas utiliza esse instrumento, reconhecido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq, o órgão regulador do setor desde 2016).

Fonte: A Tribuna

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