Dragagem no Porto do Rio Grande incentiva competitividade logística do Rio Grande do Sul

Dragagem no Porto do Rio Grande incentiva competitividade logística do Rio Grande do Sul

Operação receberá ordem de início no dia 25 de outubro (quinta-feira) e permitirá a passagem de navios de grande porte pelo canal de navegação.

A movimentação crescente de cargas no Porto do Rio Grande, no Sul do estado, ganhará um novo impulso a partir do dia 25 de outubro (quinta-feira). A dragagem de manutenção do canal de acesso receberá ordem de início, em cerimônia que terá a presença do ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro.

A operação prevê a retirada de cerca de 16 milhões de metros cúbicos de sedimentos depositados no canal. Ela será integrada ao SiMCosta, um sistema que utiliza boias especiais para medir as correntes marítimas e monitorar o material dragado. Com duração prevista de dez meses, a dragagem será realizada pelo consórcio das empresas Jan De Nul e Dragabrás e contará com investimento de cerca de R$ 300 milhões do governo federal.

De acordo com o diretor-superintendente do Porto do Rio Grande, Janir Branco, a execução da dragagem fará com que o porto mantenha a capacidade plena de movimentação de cargas.

“Todos os contratos poderão ser cumpridos sem atrasos e dentro da cota máxima do calado de 12,8 metros de profundidade”, comemora. “O setor produtivo inteiro será atendido, inclusive a próxima safra de soja. Com a segurança de navegação proporcionada pela dragagem, o Rio Grande do Sul alcançará um novo patamar de competitividade frente a outros Estados.”

O contrato para a obra foi assinado em 2015 pela União e, a partir daí, mobilizou o governo do Estado, a Secretaria dos Transportes e a Superintendência do Porto do Rio Grande (SUPRG) para a obtenção da licença do Ibama. Um grupo de trabalho foi criado para atender todos os critérios técnicos e ambientais. O plano de dragagem foi aprovado em maio deste ano e, desde então, aguardava a contratação da empresa responsável pela fiscalização e a disponibilidade orçamentária por parte do governo federal.

“Contamos com a parceria essencial dos técnicos da Superintendência, da Fundação Universidade de Rio Grande (Furg), da Secretaria de Portos do governo federal e do Instituto Nacional de Pesquisa Hidrográfica (INPH). Cercamo-nos de um qualificado corpo técnico, condizente com esse projeto prioritário para a logística do Rio Grande do Sul”, destaca o secretário estadual dos Transportes, Humberto Canuso. “Tivemos, ainda, o apoio imprescindível dos ministros-chefes Carlos Marum [Secretaria Geral de Governo] e Eliseu Padilha [Casa Civil] e do ministro dos Transportes Valter Casimiro, que entenderam a urgência da realização da dragagem para a economia gaúcha”, completou.

Ampliação do calado — Após finalizada a dragagem de manutenção, o Porto do Rio Grande poderá receber navios com até 365 metros de comprimento — 29 a mais em comparação às embarcações que atualmente acessam o canal. Para isso, serão entregues os estudos necessários para que a Marinha do Brasil homologue o novo calado do Superporto.

“Será nossa prioridade, tão logo encerrada a obra”, salienta o superintendente Janir Branco. “Passaremos de um calado de 12,8 para 14 metros, ampliando ainda mais nossa capacidade de movimentação de cargas.”

Em setembro deste ano, o complexo portuário de Rio Grande registrou recorde histórico de movimentação. Pela primeira vez, um único mês alcançou mais de 4,3 mil toneladas. No acumulado do ano, o porto soma de janeiro a setembro 32,1 milhões de toneladas – aumento de 3,4% quando comparado ao mesmo período de 2017. O complexo soja (óleo, farelo e grão) soma mais de 12,8 milhões de toneladas, crescendo 8,7% no período analisado. Até 30 de setembro, foram 2,4 mil viagens de embarcações, uma média de oito embarcações por dia. | André Zenobini

Fonte: Fator Brasil

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